Tenho 10 anos de profissão, e 10 anos de Umbelino Lôbo. Nesse período foi notório o crescimento do número de consultorias na área de relações governamentais, das informações disponíveis sobre a área, e, consequentemente, da sua visibilidade. Esse movimento ilustra o caráter estratégico do desenvolvimento de atividades voltadas para relações institucionais e governamentais (RIG).
Outra variável que é fundamental considerar diz respeito ao aumento do acesso às tecnologias de informação e comunicação. Um exemplo rápido e simples para ilustrar essa mudança: há 10 anos, o assessor que cobria o congresso tinha que ligar de um Nokia 6020 para passar algum resultado de deliberações de interesse, outro assessor elaboraria um informativo com esse conteúdo e enviaria por e-mail para os clientes interessados. Hoje, quem acompanha o congresso pode pegar seu smartphone e enviar diretamente a informação para quem é de interesse, seja por e-mail, por whatsapp ou direct de alguma mídia social.
Ademais, se você olhar para o governo, houve movimentações importantes no sentido de ampliação ao acesso à informação e à participação social, questões caras à área de relações governamentais. Também para ficar em exemplos rápidos, tivemos a sanção da lei de acesso à informação em 2011 e o lançamento da Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (E-Digital) em 2018. Não é o foco desse artigo, mas pensar como essas iniciativas modificam nossa atuação como profissionais de relações institucionais e governamentais é fundamental.
Diante modificações tão rápidas e relevantes, e com a perspectiva de que mudanças constantes e aceleradas fazem parte da natureza de nossos tempos, foi necessário pensar o posicionamento – interno e externo – da empresa dentro dessa dinâmica.
Assim, começamos com experimentos simples, mas que se mostraram potentes, como melhorar visualmente nossas apresentações e documentos institucionais, lapidar e deixar mais objetivo o conteúdo apresentado. Em tempos de informação rápida, acessível e em grandes quantidades, percebemos que se tornou fundamental cuidar de cada aspecto e detalhe dos produtos e conteúdos produzidos, para que se destaque e seja relevante. Essa não foi só uma etapa, mas se tornou um exercício diário da empresa.
Mais uma vez, tendo a transparência como o princípio norteador das decisões da Umbelino Lôbo e, nesse sentido, reconhecendo o papel relevante da institucionalização de processos para atingir esse propósito, começamos a pensar e a falar na criação de um setor de comunicação.
Assim, na próxima postagem, contarei um pouco mais sobre o propósito desse projeto.
Até dia 18 de abril!
Ana Victória Soraggi Lafetá – Gerente de Comunicação.